A água é, sem dúvida, o principal insumo a ser considerado no desenvolvimento socioeconômico das nações. Além disso, a água é um recurso de vital importância para a manutenção e sobrevivência dos seres vivos do planeta.
Em termos globais, a quantidade de água disponível é superior ao total consumido pela população, no entanto, a distribuição deste recurso é desigual nas diversas regiões do planeta e em geral não é diretamente proporcional às necessidades.
A literatura cita que o problema da escassez de água no planeta pode ser justificado por dois fatores: a gestão deficiente combinada com a má distribuição dos recursos hídricos, sendo o primeiro fator devido ao homem e o segundo a natureza. Estudos mostram que no Brasil, onde existe uma densidade populacional baixa há muita água disponível, e onde existe uma densidade populacional alta, há pouca água disponível. Como exemplo, pode-se citar a região sudeste que possui uma população correspondente a 43% do total do país e dispõe de uma potencialidade hídrica extremamente menor que a região norte que possui menos de 10% da população.
Em busca de tecnologias limpas, o reuso da água é uma alternativa viável tanto para indústria e agricultura como para o uso doméstico. Ademais, esse também é um meio de economizar os recursos hídricos, recursos financeiros e preservar estruturas físicas.
Mesmo em tempos de crise hídrica tão grave ainda são raros os bons exemplos de responsabilidade das pessoas com a conservação de um recurso tão vital como a água.
Rita Mae Brown escreveu em seu livro Morte Súbita que “Tolice é fazer a coisa sempre do mesmo jeito e esperar resultados diferentes”.
Embora existam tecnologias disponíveis, ainda são poucos os incentivos por parte do poder público, para que os cidadãos adotem práticas de conservação e de tratamento de água em escala residencial ou de pequenas propriedades.
Conservar a água pode ser entendido como não deixar a água ir embora. No ambiente urbano, isso significa não deixar que toda a água da chuva escoe para a rua, formando enxurradas, atingindo rapidamente os cursos d’água e provocando enchentes. Essa sobrecarga no sistema de drenagem pode trazer consequências materiais e humanas.,
Esta forma de conservação de água pode então ser praticada por meio do armazenamento de água de chuva em depósitos para ser utilizada posteriormente para usos menos nobres como: descargas em bacias sanitárias, limpeza em geral, irrigação etc. Usos que não requerem a necessidade de potabilidade.
O armazenamento pode ser feito com o recolhimento da água pelas calhas e destinação para reservatórios dimensionados em função do uso desejado. Essa simples ação tem potencial enorme de estocagem de água. Para se ter ideia, um único telhado de 200 m², tem potencial de reservação anual de 240.000 L de água em uma região com precipitação em torno de 1200 mm/ano.
